Vítima foi atacada na tarde desta sexta-feira (6). Equipes do Corpo de Bombeiros precisaram usar aeronave, já que o local é de difícil acesso. A mulher foi transportada para Campo Grande e encaminhada à Santa Casa. Vítima de feminicídio é resgatada de helicóptero no Pantanal de MS
Uma mulher de 59 anos morreu após ter o corpo queimado por um colega de trabalho em uma fazenda no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Corumbá.
A vítima, Eliana Guanes, foi resgatada de helicóptero, ainda com vida, por equipe do Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros Militar de Campo Grande, distante 420 Km de Corumbá (veja vídeo do resgate acima). A corporação confirmou que a mulher morreu após o resgate.
(CORREÇÃO: o g1 errou ao informar que o autor do ataque era marido da vítima. Na verdade, era colega de trabalho. A informação foi corrigida às 10h30 de 7 de junho.)
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Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi atacada por um homem de 54 anos, chamado Lourenço Xavier, por volta das 14h desta sexta-feira (6). O g1 apurou que o homem jogou gasolina e ateou fogo na mulher em seguida.
Como os acessos à região estão intransitáveis por conta de alagamentos, foi preciso enviar equipe da capital do estado para atuar no resgate aéreo.
A aeronave retornou à Campo Grande por volta das 23h e a vítima foi encaminhada para a Santa Casa. O g1 apurou que a mulher morreu cerca de 40 minutos depois. A causa da morte ainda não foi informada.
O comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Major Alves, confirmou ao g1 neste sábado (7), que o suspeito foi preso, ainda está sendo transportado e será encaminhado para Corumbá.
“A equipe do BOPE estava na região norte do estado, o Pantanal está alagado ainda. Quando tomamos conhecimento, enviamos as equipes para o local, pois é uma região muito difícil de acessar. A equipe conseguiu chegar só na madrugada, o autor estava numa fazenda próxima, estava tentando a fuga, mas a região é muito complicada”, explicou o comandante
Helicóptero do Corpo de Bombeiros foi usado no resgate de vítima de tentativa de feminicídio no Pantanal.
Divulgação/Corpo de Bombeiros
O feminicídio
A Polícia Civil de Corumbá, que investiga o caso, disse que o crime será tipificado como feminicídio. "Áudios veiculados de uma testemunha relatam que o autor teria afirmado, em diversas oportunidades (antes e depois da agressão) que não aceitava ouvir “não” de nenhuma mulher", considera a polícia.
O g1 teve acesso a um áudio gravado por uma testemunha que relatou o momento em que a mulher foi atacada.
"Desde quando ela chegou aqui [na fazenda] ele criou raiva dela. Teve uma vez que discutiram os dois, ele queria jogar água na cara dela. (...) Ele chegou com um vaso de gasolina, eu me tranquei no banheiro. Ele veio, chamou a [vítima], que estava deitada no quarto. Ela saiu, sentou em uma cadeira, no que ela sentou, ele jogou gasolina nela. Ela saiu correndo para a garagem, ele jogou mais gasolina e ateou fogo nela", conta a testemunha.
A testemunha diz no áudio que gritou para avisar outros trabalhadores da fazenda e o homem fugiu em seguida.
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:
Publicada por: RBSYS