Grupo é dividido em dois núcleos, um de familiares do atleta e outro sem parentes. Entre os parentes, cunhada obteve maior lucro, de R$ 1,7 mil. No outro núcleo, um apostador teve lucros de R$ 2,5 mil. Bruno Henrique poderia ter levado cartão em 4 momentos do jogo suspeito; veja lances
Nove indiciados pela Polícia Federal por um esquema de apostas em um cartão amarelo do atacante do Flamengo Bruno Henrique em um jogo entre Flamengo e Santos em novembro tiveram lucros com as bets que ficaram entre R$ 700 e R$ 2,5 mil.
Além dos nove apostadores, o próprio atleta foi indiciado essa semana. A PF acredita que o atacante forçou uma falta em jogo contra o Santos, no Brasileirão de 2023, para levar cartão e validar aposta de parentes.
Segundo a investigação, apostadores (nove no total) integravam dois grupos: os de familiares de Bruno Henrique e os de pessoas estranhas ao jogador. Entre os parentes, cunhada obteve maior lucro, de R$ 1,7 mil. No outro núcleo, um apostador teve ganhos de R$ 2,5 mil.
Segundo as investigações, o total apostado por todos os investigados foi de R$ 5.732,44, com um total ganho de R$ 17.007,01. Levando em conta o que foi apostado, o lucro total foi de R$ 11.274,57.
Na família, três pessoas apostaram no cartão do jogador: seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, a sua cunhada e uma prima.
No outro grupo, são seis apostadores que não conhecem o atacante do Flamengo. A ligação entre os grupos é Wander, irmão do jogador. Ele conhece Claudinei Vítor Mosquete Bassan, que tem relação com os outros cinco apostadores.
As investigações indicam que Wander Nunes Pinto Junior, o irmão de BH, apostou R$ 380,86 e teve retorno de R$ 1.180,67.
Bruno Henrique não se pronunciou diretamente sobre o caso.
Caso Bruno Henrique: Entenda investigação
O Flamengo divulgou uma nota sobre o tema: "O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito".
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Jornal Nacional/ Reprodução
Publicada por: RBSYS